Tempo,
seja meu amigo e faz passar de uma vez essa tristeza teimosa que insiste em
permanecer onde não foi convidada.
Por
favor, Tempo. Humildemente te suplico que use o seu poder para amenizar essa
dor que perfura meu peito, onde não me deleito e sequer me ajeito.
Te
clamo, meu querido. Faça jus ao seu título de mediador, e assim mesmo aja: remedie
essa dor, sem deixar o torpor tocar o terror.
Venha Tempo.
Acaricie minha alma com a segurança com que você aliança, com seus longos dedos
em meus cabelos faça aquela longa e bela
trança.
Devolva-me
o sorriso ao olhar, a voz de rouxinol ao cantar, o travesseiro mais confortável
para sonhar!
Tempo,
por favor, em súplica e de joelhos te peço:
Basta
desse tormento em forma de sofrimento sem fim.
Use a
sua mão grande e quente e arranque do meu peito esse mal que tanto tem me tirado
a serenidade.
Sei
que só você pode. Só você tem essa habilidade.
Preciso
para ontem a felicidade que só o amanhã pode trazer. Conto contigo para, assim,
e de uma vez, não mais esmorecer.
Preciso
de um coração forte, que me seja a bússola a descortinar um novo norte e nesse
horizonte infinito seguir além deste último grito.
Tempo.
Oh, Tempo! Seja meu maior afago. Hoje e sempre, do deserto frio ao sertão mais
quente. Não me desampare, nem permita que do seu rebanho me desgarre.
Aproveite
e leve para longe as lembranças que só servem para desgarrar o foco do futuro
mais puro que minha alma pode conceber.
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