Era uma noite de inverno. No som tocava jazz num volume suave, o
abajur iluminava parcialmente a sala. Sobre a mesa de centro a garrafa de
vinho, já quase vazia, acompanhada de duas taças, também quase pela metade.
Sentada no sofá estava ela. Linda, sorriso fácil, largo; simplesmente
encantadora.
Dona de uma
elegância transbordante, uma sensualidade contida, do tipo que exala a exata
quantidade capaz de deixar qualquer indivíduo seduzido a um piscar de olhos.
Ela conquista sem esforço. É algo nato, próprio dela. Impressionante.
E agora, ela
está aqui bem na minha frente. Há muito esperava por esse momento. Um papo
agradável, um bom vinho, a meia luz. O ambiente perfeito com a companhia
perfeita.
Ela me conta
as aventuras vividas durante os trinta e poucos anos, mal escuto o que diz.
Meus olhos apenas seguem desenhando as palavras que saem da sua boca. Apenas um
pensamento me domina: “quero beijá-la...sentir a doçura desses lábios
carnudos...o calor da sua pele”.
De repente,
interrompo a narrativa e a chamo para dançar. Um ritmo suave começou e meu
único impulso foi senti-la perto de mim. “Eu não sei dançar”, ela quis fugir.
“Apenas cola seu corpo no meu e deixa que eu te guio”, respondi com segurança.
Ela levantou
e eu me posicionei bem de frente. Passei meu braço pela cintura fina dela,
olhei bem dentro dos seus lindos olhos cor de mel e a puxei com firmeza. Nossos
corações pulsaram no mesmo compasso. Colei meu rosto no dela e pude sentir o
aroma e a maciez dos cabelos ondulados na minha face.
Um, dois,
três passos. Como por mágica, nossos rostos se procuram. Nossas bocas são
atraídas por uma força incontrolável e o primeiro beijo é mágico. Um momento
surreal. Não queremos nos afastar, apenas nos beijar mais intensamente.
Vou descendo
o corpo dela no sofá. Ela se permite à condução. O coração pulsa cada vez mais
forte. Deito-a confortável, com a cabeça sobre as almofadas macias e deixo meu
corpo se encaixar entre as pernas dela. E nos beijamos mais.
Me afasto um
pouco para fotografar na memória aquele olhar de fêmea lasciva, desejosa de
sentir-se amada. Um quadro mais que perfeito.
Abro os
botões da sua camisa com delicadeza. Ela oferece ajuda, mas dispenso suas mãos ternamente.
Uma pele tão alva e suave se mostra. Beijo seu colo com carinho. Passeio entre
os dois morros pontiagudos. Lábios e língua se alternam para saborear cada
pedaço daquela pele arrepiada. Desço até o umbigo.
Subo no mesmo
trajeto, olhando-a por este novo ângulo. Percebo que ela também me olha,
curiosa, querendo saber qual será o próximo passo. Com a ponta do nariz,
levanto o sutiã. Os seios se descortinam e pedem a minha boca. Chupo um,
acaricio o outro. Prendo o bico do mamilo entre os dentes e danço minha língua
na ponta do bico rijo. Ela se contorce e solta um gemido sutil, mordendo o
lábio.
Ela enfia as
mãos pelos meus cabelos e me puxa para sua boca...quer mais beijos. De repente,
ela sussurra: “tira a minha calça”. Prontamente atendo à ordem da minha amada.
Vou até sua
cintura e desato o cinto que prende a calça. Liberto o botão da casa e desço o
zíper. Ela ergue a cintura para me ajudar a tirar a calça tão colada ao corpo.
Qual não é a minha surpresa ao ver a minúscula calcinha de renda vermelha, que
faz um lindo desenho entre as aquelas tão torneadas pernas.
Beijo-a sobre
a lingerie e sinto todo o corpo arrepiar. Mordo levemente a parte interna de
suas coxas alvas. Passo meu queixo entre seus lábios. Ela está úmida, pedindo
mais. Tiro a calcinha com habilidade. Quero sentir o corpo dela se entregando
ao meu. Deito-me sobre ela e esfrego a minha parte ainda coberta pela calça.
Ela me olha e
com um sorriso maroto aponta para que eu também me dispa. “Não é justo”,
sussurra. Livro-me, então, de tudo o que me cobre e, novamente, me volto para
ela. Ela me envolve com seus braços finos, mas firmes. Nos ondulamos num balé
delicioso de se ver.
Fazemos amor
por longas horas. Nos perdemos nessa dança, ritmada por um instinto
absolutamente selvagem, mas doce, exalando o aroma do carinho entre amantes.
Transcendemos ao ápice do amor carnal num momento único, ímpar, jamais
reprisado e adormecemos com os corpos colados, unidos em concha.
Impossível não se envolver com o conto, apreciar e dar corda a imaginação para uma doce continuação . Tu arrasa demais, amei.
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