Massagem: A arte de tocar a alma

Pode ser relaxante, modeladora,

drenante ou desportiva.

Desde quando se deita na maca

corpo e alma, tudo ativa.

Ao suave toque do terapeuta,

o mundo se desliga.

Estresse, dores, problema,

nada mais vira dilema.

Tão bonita é aquela cena:

Um corpo despido de si mesmo,

entregue ao cuidado de quem lhe cabe.

Um novo universo, então, se abre.

Pode haver conexão com o divino,

seja lá de que forma for,

é algo para o qual não atino.

Cada um tem o seu destino.

As manobras tocam o corpo físico

e são capazes de penetrar de tal forma

que os reflexos são sentidos na alma.

Tudo sem pressa, mas com muita calma.

É uma energia que se troca,

sem que algo seja pedido em troca.

Amor incondicional, exercitado

logo no primeiro contato.

Da recepção à finalização,

fazemos uma breve investigação,

a fim de saber onde e como

podemos por a mão.

Mãos que apertam, pressionam, amassam.

O cliente parece uma pasta que dança

no compasso da terapia.

No final, não há que não sorria.

Gente pesada, da vida carregada,

pelo cotidiano maltratada.

Quando se coloca ali, deitada,

limpa a mente e deixa falar a alma.

Quando se tem mestres de verdade,

cada lição é passada na seriedade.

Aprende-se a cuidar do outro

com veracidade.

Deixamos de lado a própria vaidade,

e em qualquer lugar desta cidade,

dizemos com total orgulho: “Sim. Sou massagista!”

E não há quem a nós resista!

Em homenagem aos colegas massagistas

e em especial aos mestres Sônia Serra 

e William Guerra, que me ensinaram

com afinco esta nova profissão.

(Aracaju, 07/11/2017)