No banho

Gosto quando ela chega suada

E logo me convida para a brincadeira encantada

Com a ducha forte batendo nos ombros

Aquela voz firme meu nome carinhosamente chama

 

Logo saio de onde estou

E abro a porta vagarosamente

Vejo-a por trás da névoa do vapor

E a silhueta no vidro me encanta

 

Me aproximo e afasto as ventanas

Olho para aquele corpo molhado

E ela me puxa para debaixo daquela água

Refrescantemente fria

 

Nossos lábios se embriagam entre beijos e águas

Nossos corpos se encaixam quase se tornando uno

Os beijos se fazem cada vez mais ardentes

E as carícias intensas

 

Lindo é ver a água percorrendo as curvas do seu corpo

Não canso de observar tamanha perfeição

Enquanto a viro para o azulejo ainda quente do sol

E começo a tocar sua intimidade do modo que dá vontade

 

Seu corpo inicia uma louca dança

E não respeito seu compasso

Te dar prazer é o que eu faço

Te envolvendo num tesão em laço

 

Ainda debaixo d’água

Seu pescoço com vontade mordo

E numa empinada você sobe o morro

E sussurra sem pensar: “se parar eu morro”

 

Não penso em parar

Quero se corpo desmoronar

E só então poder ensaboar

E finalmente o banho terminar

 

Claro que essa dança

Que jamais me cansa

Não acaba no chuveiro

Saímos deste banheiro para nos amar por interio