Igreja do Santo Antônio |
A nossa belíssima capital nasceu a partir da colina
do bairro Santo Antônio, na zona norte da cidade. No início do século XIX
alguns órgãos públicos começaram a ser transferidos para a colina. Estava sendo
dado o primeiro passo para a mudança da capital de São Cristóvão para a aldeia
de Santo Antônio do Aracaju. Em 17 de março de 1855 é que foi concretizada a
mudança completa da sede governamental do estado, inclusive com a mudança do
nome da localidade para Cidade do Aracaju.
Somente nas primeiras décadas do século XX é que o
bairro que leva o nome do santo casamenteiro começou a sair do isolamento,
recebendo instalações de água e esgoto e bondes tracionados por burros. Em 1920
chegaram as instalações de energia elétrica, o que permitiu a substituição dos
bondes por veículos elétricos. A abertura da “Estrada Nova”, atualmente chamada
Avenida João Ribeiro foi outro grande passo para que a capital começasse a
tomar uma nova forma. Esta avenida liga a colina até a região do Centro da
cidade.
Altar da Igreja do Santo Antônio |
No bairro também foram construídos a primeira
maternidade pública e o primeiro cemitério, ambos denominados Santa Izabel. A
elite política e social da época começou a enfeitar a colina com a construção
de diversos casarões, alguns sendo mantidos até hoje, como é o caso da casa que
abriga o Sindicato da Indústria da Construção Civil – Sinduscon e o convento
Casa das Irmãs Teresinhas.
Na década de 1960, o bairro começou a tomar uma
nova formatação com a migração das famílias da alta classe para a zona sul, e a
instalação das sedes das empresas de rádio e televisão, que ainda hoje se
encontram na parte mais alta da cidade: Jovem Pan, Complexo Atalaia, Rádio
Jornal e Correio de Sergipe.
Casa das Irmãs Teresinhas |
A bela Igreja de Santo Antônio, um monumento do
estilo neogótico pertencente à Ordem Terceira de São Francisco, abriga ao seu
redor um mirante de onde é possível admirar vários pontos de Aracaju e perceber
a grandeza da nossa cidade.
Por ser ainda considerado um celeiro cultural, o
bairro abriga o Grupo Imbuaça de Teatro, que em 2017 celebra quarenta anos de
fundação e serviços prestados à cultura sergipana. A sede do grupo é composta
de sala multimeio para exposição, festas, reuniões, espaço para apresentação de
espetáculo com capacidade para 140 pessoas, american-bar, sanitários,
biblioteca e secretaria. Funciona diariamente no horário comercial e nos finais
de semana, de acordo com a agenda de cursos e espetáculos.
O nome é uma homenagem ao embolador Mané Imbuaça,
que residia na Rua Santa Luzia, com a Rua Campos. Ele frequentava a sede do
Diretório Central dos Estudantes da UFS, localizada próxima a sua residência,
onde também acontecia os ensaios do grupo. Com o seu falecimento, em fevereiro
de 1978, os integrantes que já vinham pesquisando a cultura popular, resolveram
homenagear um artista que conheceram durante os ensaios no DCE, cujo perfil
estava relacionado às perspectivas de trabalho dos atores.
Palco da Rua de São João |
O bairro conta com duas unidades de saúde. O
Hospital São José, já próximo ao Centro e o Hospital Universitário – HU, ligado
à Universidade Federal de Sergipe, que delimita o ponto de encerramento do
bairro, na divisa com o bairro Cidade Nova.
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